A partir de hoje tem novidade na coluna. Além de contar um pouco da trajetória de uma empreendedora, vou trazer uma dica, orientação ou até mesmo um conselho de quem entende do assunto. 

A personagem de hoje é moradora da Capital e, no meio da pandemia, resolveu empreender e recrutar a família para dar os primeiros passos. Com vocês, Fernanda Machado, 29 anos, proprietária do Açaí das Maravilhas delivery (entregas) e loja física.

FOI ASSIM 

“Eu era assistente comercial em uma empresa de empréstimo consignado, e meu marido era auxiliar de laboratório de lentes oftalmológicas. Quando começou a pandemia, fomos demitidos e precisávamos investir em algo para manter nossa casa, porém teria que ser delivery, pois, com todos os comércios fechados, seria a oportunidade de entregar na casa dos clientes com todos os cuidados. Em casa, eu consumia muito açaí e surgiu a ideia de começarmos a estudar tudo, marcas, sabores e fornecedores.”

O COMEÇO

Loja física deu mais estrutura ao negócio. Foto: Fernanda Machado / Arquivo Pessoal

“Investimos em uma moto e no estoque, e começamos na cozinha da nossa casa, onde eu montava os copos e meu marido fazia as teles. A maior dificuldade era manter uma empresa dentro da nossa casa. No primeiro dia, trabalhamos somente eu e meu esposo, não demos conta. Foi um sucesso de vendas! E eu precisei chamar mais pessoas pra nos ajudarem no dia seguinte, tanto na cozinha quanto na tele. Nascia o Açaí das Maravilhas!”

TODOS JUNTOS

“Todos os funcionários são da nossa família: por ter começado dentro da nossa casa, não podíamos trazer gente de fora, por segurança e confiança, e resolvemos ajudar com um emprego cada um que estava precisando, já que, com a pandemia, muitos foram demitidos. Graças a Deus, o nosso negócio cresceu muito rápido e conseguimos dar essa oportunidade para todos.”

INSPIRAÇÃO

“Sem sombra de dúvidas, nossa filha Alice. Ela tem cinco anos e é a ‘proprietária’ do Açaí das Maravilhas, além de nosso combustível diário. Queremos expandir nosso negócio. Temos um produto muito top, uma experiência no mercado, estamos estudando abrir mais lojas em outros bairros, precisamos crescer mais e mais e sermos cada vez mais conhecidos.”

DESAFIOS

“Por ser produzido, no começo, dentro da nossa casa, acordávamos trabalhando e não tinha fim de expediente. Isso era muito cansativo, foi nossa maior dificuldade. Durou um ano e meio até decidirmos sair da zona de conforto e encarar a loja física, que foi a melhor escolha da vida.”

SE LIGA NA DICA!

Para Fernanda, o maior desafio foi quando ela se viu sem tempo. Conversei com a gestora de projetos do Sebrae-RS Tatiane Zago para saber o que fazer nesse caso:

– Pratique o equilíbrio entre o trabalho e vida pessoal: é importante estabelecer limites para o trabalho e reservar um tempo para as atividades pessoais e o descanso. Um equilíbrio saudável contribui para uma rotina mais sustentável. E padronize processos: criar um manual para a empresa, desde o atendimento ao cliente até a produção. Isso vai ajudar e garantir a eficiência.

RECADO DA CRIS

“Arriscar é ser feliz na tentativa.”