A TORRADA E O SUCO DE LARANJA

Essa semana consegui sair mais cedo do trabalho, corri pra casa, coloquei uma jaqueta no Matheus, meu filho de um ano e meio e fomos passear no shopping. Ficamos duas horas por lá, fizemos um longo passeio pelos corredores, de uma ponta a outra. Depois, hora do parquinho, que fica na área externa. Quando começou a ficar mais friozinho eu peguei ele pela mão e devagarinho, no passinho dele, fomos para a praça de alimentação. Pedi uma torrada (misto quente para alguns) e um suco natural de laranja. Ele sentou no meu colo e ficou vendo o desenho do Show da Luna no meu celular até o lanche chegar. Não demorou muito até que a moça super-simpática, nos servisse. Guardei o celular e começamos a comer, os dois juntos, dividindo a torrada e os goles de sucos. E de repente, voltei no tempo. Sentada ali, me dei conta que estava repetindo o que meu pai fazia comigo e com meu irmão na época que tínhamos que esperar minha mãe sair do trabalho. Eu tinha uns 5 anos e o Rafa, meu irmão mais velho, 6. Saímos do colégio no fim da tarde e íamos direto no supermercado Guanabara, lá em Pelotas, onde no andar de cima, tinha uma lancheria. Minha mãe trabalhava perto dalí, então, era uma forma de passar o tempo e nos alimentarmos.
Só que era também nosso tempo juntos, só nosso. A gente falava do que tinha acontecido no dia de cada um, dava risada e se lambuzava comendo uma das melhores torradas que já provei.

Essa semana, com o Teteu, além de trazer a lembrança tão legal do tempo de criança, eu aproveitei para fazer um pedido pra ele. Enquanto os dedinhos gordinhos seguravam uma casquinha do pão, eu olhei pra ele e baixinho, no ouvido, pedi para que ele me levasse para comer torrada e tomar suco de laranja quando eu ficasse velhinha. Tenho quase certeza que ele não entendeu muito bem, mas me ouviu.

Eu vou repetir esse pedido pelos próximos anos, assim como vou repetir nosso passeio, nosso lanche e nosso tempo juntos. Porque não é só uma torrada e um suco de laranja Por muito tempo eu espero que seja a “nossa torrada e o suco de laranja”.

 

 

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ELES DIZEM CADA COISA…

Resolvi trazer aqui na minha coluna aquelas pérolas que toda criança fala. Hoje tem três, mas se vocês quiserem contar para mim, vou adorar.

Essa eu ouvi do meu enteado quando tinha 4 anos. O Arthur estava lá em casa e eu perguntei como tinha sido o dia no colégio. Ele disse que foi tudo bem. Aí eu perguntei: “e que ano tu tá mesmo? E ele tascou: 2012!”
(Arthur Inchauspe, hoje com 11 anos)

Cristina estava vendo a mãe se arrumar para sair e começou a dizer que queria ir junto. A mãe explicou que iria para um velório e que hoje não daria para ela ir porque seria triste. Ela parou, olhou pra mãe e disse: “ok, quando for um velório animado tu me leva?!” (Cristina, 5 anos)

Maria perguntou para a filha Maria Júlia, se ela queria comer milho verde. “Não, mãe! Eu quero comer milho amarelo”. (Maria Júlia, 3 anos)

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