Quando a falta de dinheiro bateu e a oportunidade de um novo emprego não aparecia, ela teve que ir atrás. Lembrou que sabia fazer uma receita de brigadeiro que a mãe tinha ensinado. Acrescentou uma generosa pitada de curiosidade e, com os cursos e tutoriais da internet, foi aprendendo cada dia mais. Hoje, a coluna conta a história da Eduarda Barreto, 30 anos, confeiteira e moradora do bairro Santa Rosa, aqui na Capital, e proprietária da Duda Brigaderia. 

FOI ASSIM 

“Sempre trabalhei no ramo de vendas. Meus últimos trabalhos foram como caixa e, na sequência, fiscal de caixa em uma fruteira. Meu start veio com um ano de pandemia já, eu não estava mais trabalhando e precisava de algo para manter a mim e aos meus meninos. Então, resolvi arriscar em uma receita de brigadeiro que minha mãe fazia. Foi aí que tudo começou. Fiz e vendemos aqui na rua onde moramos.”

Orgulhosa. Foto: Arquivo Pessoal / Arquivo Pessoal

O INÍCIO

“Na primeira vez que fiz os brigadeiros, estava com vergonha de sair para oferecer cara a cara para as pessoas. Meu filho mais velho, junto com o irmão, pegaram a bandeja e, de porta em porta, ofereceram para os vizinhos da minha rua, contando que eu estava fazendo brigadeiros e vendendo e se eles gostariam de comprar. Eu tenho um orgulho muito grande deles. Hoje, me esforço diariamente para que eles também se orgulhem de mim. Assim como tento ser um exemplo, eles são os meus.”

O NEGÓCIO 

“Comecei fazendo brigadeiros, e com ajuda de muitos tutoriais e cursos pela Internet. Hoje, dona da Duda Brigaderia, me considero uma confeiteira, pois faço doces, bolos e sobremesas e trabalho, também, com delivery. Nem tudo é fácil. Tem momentos em que as vendas enfraquecem, e eu acabo ficando nervosa e entrando em crises de ansiedade. Tive algumas durante a pandemia. Mas aí aprendi que preciso desacelerar, dar uma pausa e depois seguir adiante.”

POR ELES 

Com Thiago (C) e Vicente (D). Foto: Arquivo Pessoal / Arquivo Pessoal

“Meus motivadores diários são meus filhos, Thiago, 10 anos, e Vicente, cinco anos. Eles são um combustível pra mim. Me incentivam sempre quando penso em acrescentar novidades, vibram junto comigo nas pequenas conquistas, como quando consegui comprar um lanche pra eles graças ao dinheiro da venda dos doces. Eles estão sempre comigo, isso me dá muita força. Apesar dos dias difíceis, eles sempre vêm e me levantam para seguir adiante.”

DAQUI PRA FRENTE 

“Meu sonho é ter um espacinho aconchegante, todo meu, podendo servir doces fresquinhos e gostosos, num ambiente onde eu possa trazer para o bairro onde eu resido um pouco do que vemos em outros bairros de poder aquisitivo melhor. Um lugar onde o público possa se sentir acolhido, com um pouco de cultura, literatura e mais.”

Doces de dar água na boca. Foto: Arquivo Pessoal / Arquivo Pessoal

Que história linda, Duda! Sucesso pra ti, beijo nos meninos e boas vendas! Quem quiser conhecer um pouco do trabalho da Duda pode ir no @duda_brigaderia, lá no Instagram. 

RECADO DA CRIS 

“A força de vontade deve ser mais forte que habilidade.”