Sempre escrevo a coluna inspirada por mulheres que conheço no dia a dia ou por indicações de leitores, amigos, colegas. Eu envio um e-mail com perguntas para poder fazer o texto e peço sempre que me enviem fotos para ilustrar. 

Hoje, foi diferente. Ao abrir as fotos, uma delas me emocionou. Era a imagem linda da família toda de mãos dadas caminhando. Me veio um sentimento de amor e esperança. 

A foto que emocionou. Foto: Arquivo Pessoal / Arquivo Pessoal

Esse mês, vou dedicar a coluna a mães empreendedoras. Com vocês, Veridiana Suzete Schweigardt Oliveira, do bairro Olaria, em Canoas, dona da Veri Criações.

FOI ASSIM 

“Antes de abrirmos nossa empresa, trabalhava no ramo de pneus. Foram 10 anos entre três grandes empresas. Conheci meu futuro marido, amigo, sócio e pai dos meus três filhos, Carolina, Guilherme e Manu, e do meu enteado, que é um filho para mim, Gustavo. Era 2017, após a volta da licença-maternidade da Manu, fui desligada. Como as despesas com creches seriam pesadas, decidimos que eu ficaria em casa, e o Rodrigo, que recém tinha virado gerente comercial, seguiria no ramo. Em meio à rotina de casa, vinha um vazio por não fazer algo para ocupar a cabeça e gerar renda.”

A CHANCE

“Comprei uma prensa de canecas, uma impressora e, com meu carinho por trabalhar com papelaria, começou a nossa empresa. A marca foi criada pelo meu marido, mas as cores vieram de um momento mega especial, em um treinamento que envolvia meditações, técnicas de respiração e ‘renascimento’: azul, rosa e amarelo.”

Veri se desafia. Foto: Arquivo Pessoal / Arquivo Pessoal

ERA PARA SER

“Busquei qualificações, fui me desafiando. Porém, o ramo da sublimação não é só vender canecas. Consegui montar uma carteira de clientes que gerava sempre uma vendinha e, às vezes, um pouco mais, o que me deixava superfeliz em meio às loucuras. Tudo estava indo bem.”

O DESAFIO

“Era 2020, tínhamos voltado da realização de um sonho, a família no Beto Carrero. Um mês depois, veio o ‘fecha tudo’. O Rodrigo tinha recebido um aumento no final de 2019. Porém, as vendas caíram na pandemia, e vieram os cortes. Em julho, ele se juntou a mim em casa.”

A VIRADA

“Achei que tudo estava perdido, mas o Rodrigo nunca deixou de acreditar. Decidiu investir a rescisão na nossa empresa, e criamos um espaço só para ela. Compramos mais equipamentos para fazer maior variedade de produtos. Por ser bem relacionado, conseguiu um orçamento gigante através de uma agência de publicidade para fazer as máscaras personalizadas. Ali nos forçamos a aprender a fazer, e foi um sucesso! Mas a inquietação não parou, vendo as nossas crianças largarem de mão o pula-pula que tinham, resolvemos alugar uma vez e deu certo. Nascia ali a locação de brinquedos, que era como um cartão de visitas para apresentar tudo o que vendemos na empresa. Minha irmã Daiana sempre nos ajudou e, hoje, além de sócia, ela toca a própria empresa, Daia Decor.”

Produtos são personalizados. Foto: Arquivo Pessoal / Arquivo Pessoal

MÃE EMPREENDEDORA

“Quem me inspira é minha família. São o que tenho de mais precioso e farei o que puder, estando ou não ao meu alcance. O que me motiva é a emoção das pessoas, de receber um presente especial. São muitos relatos emocionantes que nos enchem de orgulho por fazer parte.”

Quem quiser conferir o trabalho dessa mamãe, que virou o sustento da família, corre lá no Instagram @vericriacoes

RECADO DA CRIS 

“Não importa a cor do céu. Quem decide como vai ser seu dia é você.”