Esta semana, o que ganhou as redes sociais foi a polêmica entre o cantor Rodolffo e o professor João, participantes do BBB 21. Em resumo, Rodolfo fez uma piada sobre o cabelo crespo do professor. Errou. Errou feio. Ofender, fazer piadas sobre raça, gênero, estereótipos e qualquer outra situação que possa causar desconforto está longe de ser brincadeira e causa graça. Costumo dizer que, para fazer piada boa, é preciso inteligência. Mas, para uma piada ruim, basta coragem. Rodolfo “culpou” a sua criação, o meio onde vive, por ter feito a piada.

Mas, afinal, em que momento da vida as crianças se tornam preconceituosas? E, mais: o que nós, pais, podemos fazer?

Educar, educar e educar

Os pais devem ter uma participação ativa para que comportamentos relativamente inofensivos das crianças não ganhem dimensão. Isso é desafiador, ainda mais na realidade brasileira. Estamos longe de erradicar as atitudes preconceituosas.

Por isso, o trabalho é diário e exige conversas pontuais para dúvidas do dia a dia. É necessário conversar sobre o que é discriminação, quando ela acontece e quais as atitudes respeitosas que devemos cultivar perante todas as pessoas.

Cada um de um jeito

Quando o pequeno notar alguma diferença em seus colegas ou amigos, por exemplo, é importante reforçar que cada ser humano é de um jeito. Seja em relação a características físicas, pessoais ou preferências. Afinal, são justamente as diferentes opiniões e formas de ver o mundo que fazem as conversas interessantes.

Seja exemplo

Os pequenos sempre veem os pais como grandes parâmetros de comportamentos. Por isso, educar por meio do exemplo é sempre uma das formas mais singelas e eficientes de ensino. É crucial ter coerência entre o que falamos para nossos filhos e a maneira como agimos. Se queremos crianças livres de preconceitos, temos que observar no detalhe como é a nossa atitude perante as diferenças – religiosas, étnicas, de atitudes, gênero, classe social, orientação sexual e profissão, entre outras.

Parece inofensivo, mas não é

Se atente a comentários irônicos e a forma que você fala das outras pessoas na frente dos pequenos. É comum rotularmos pessoas, mas temos que tomar um cuidado dobrado para não cairmos em contradição. Diálogo é muito importante. Algumas vezes a criança rotula um colega de “chato” ou “diferente”. Nesse momento, você tem uma ótima chance de reforçar que a criança pode escolher seus amigos de acordo com a afinidade, mas que ela deve respeito a todos.

Fonte: Pais&Filhos

Convidei o meu amigo Manoel Soares, que é colunista do Diário Gaúcho, foi repórter aqui da RBSTV e, agora, é apresentador do programa É de Casa, da Rede Globo, para falar sobre o assunto. Ele me respondeu com essas cinco perguntas para que as famílias brancas reflitam, repensem os comportamentos e entrem nessa luta contra o preconceito.

São elas:

1. Quantos personagens negros seus filhos têm nos brinquedos? 

2. Quem são os amigos negros que frequentam a sua casa? 

3. Na escola dele, tem outras crianças negras? 

4. Seus filhos pintam as pessoas de marrom nos desenhos que fazem? 

5. Você consegue falar para seu filho, sem constrangimento, que ele tem que amar as pessoas marrons? 

Pérola

Pedro vendo duas pessoas se despedindo.
– Vá com Deus.
– Fique com ele.
Pedro, confuso, perguntou:
– Afinal, ele vai ou fica?
Pedro, quatro anos

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