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Nesta semana, em 8 de março, foi celebrado o Dia Internacional da Mulher. Então, confira hoje histórias inspiradoras de três empreendedoras gaúchas que, na luta pela realização de seus sonhos, buscam reconhecimento profissional e independência financeira.

Guinada na carreira

Natural de Pelotas, Tiandra Maino está com 40 anos e mora em Porto Alegre há 19. Ela é mãe de Gabi, 12 anos, e Gi, 10, e, depois de duas décadas trabalhando na área de Recursos Humanos, viu sua vida mudar após uma demissão. O fato marcou uma guinada em sua carreira: ao enfrentar dificuldades para se recolocar no mercado de trabalho, precisou se reinventar e transformou um hobby em oportunidade. Desde setembro de 2019, está à frente da confeitaria Mother’s Cake. A marca carrega no nome uma homenagem a uma das mulheres mais importantes de sua vida:

– Minha mãe me ensinou que não há amor maior no mundo. E a Mother’s Cake quer exatamente isso, transmitir por meio dos bolinhos todo o amor de uma mãe apaixonada por adoçar a vida de suas criações.

Desafios

Como na maioria dos casos, começar a empreender foi difícil para Tiandra:

– Comecei com duas fôrmas que eu já tinha em casa, para os bolos que fazia para a família, e com as receitas básicas que eu sabia! Aos poucos, com as vendas que iam acontecendo, fui investindo em insumos de maior qualidade e  mais fôrmas.

Atualmente, a pandemia é mais um fator a ser considerado pela empresária e, obviamente, gerou impacto no negócio.

– Em março de 2020, eu me isolei com a família (as filhas e o marido, Rafael) no nosso pequeno sítio. Comecei a fazer lives e testes para bolos de aniversário em tamanhos menores, pois a pandemia mudou a forma de comemorar as datas especiais. Então, passei a me dedicar a bolos personalizados em tamanhos pequenos. Hoje, são o meu carro-chefe – conta.

Manas e sócias

Já as irmãs Letícia Fridrich, 44 anos, e Laura Fridrich, 38, trabalham juntas no projeto Sopa da Vila, no bairro IAPI, zona norte de Porto Alegre. Letícia é mãe de Helena, 10 anos, e Laura, de Luíza, 14.

Letícia atuava como manicure e cabeleireira. Porém, com a chegada da pandemia em 2020, o salão em que trabalhava foi fechado, e ela ficou sem ter como trabalhar e sem renda. Durante um mês, conseguiu segurar as pontas, mas, depois, o desespero bateu. Com isso, uma ideia surgiu.

– Sempre gostei de cozinhar. Comecei a pensar em algo que pudesse me dar dinheiro dentro do que sei fazer. Amo sopas, até no verão. Então, decidi fazer kits de sopas. A minha irmã, que estava afastada do trabalho, também decidiu que iria me ajudar. Fizemos 12 pacotes e vendemos em 20 minutos – vibra.

Apoio familiar

Com a divulgação nas redes sociais, o negócio deslanchou. A partir daí, Letícia e Laura passaram a contar com o apoio dos maridos – Leonardo Medeiros e Silvio Velozo Júnior, respectivamente – para apoiar a equipe.

– Hoje, seguimos vendendo legumes, saladas e frutas em porções, entre outros itens escolhidos pelos nossos clientes. Espero que, neste inverno, continuemos com o sucesso do kit de sopas, que é o nosso principal produto – enfatiza Letícia.