Em 1º de novembro, foi celebrado o Dia Mundial do Veganismo. Para comemorar a data, vou falar sobre a relação da moda com este estilo de vida, cujos adeptos abrem mão do consumo de alimentos, roupas, calçados e acessórios produzidos com materiais de origem animal ou testados em animais.

Apesar de ser algo novo para muitas pessoas, debater o assunto se faz necessário, já que entre os praticantes do veganismo existe uma preocupação com materiais utilizados, mão de obra e impactos ambientais. Convidei o coordenador dos cursos de moda do Senac de Novo Hamburgo, Orson Candido Benedetto, para falar sobre o tema. Confira!

Fique atento à origem dos produtos

Como saber se o produto realmente é vegano?

O que pode ajudar o novo consumidor nessa jornada são os selos e certificações, como o Vegan Society, dados para as marcas que garantem cumprir todos os requisitos. Hoje, a moda vegana está em todos os lugares, mas é nos grandes centros urbanos que encontramos mais facilmente os produtos, que também estão disponíveis para venda online — comenta o professor Orson.

Ele ainda cita o êxito de marcas daqui do Estado, como a Insecta Shoes, do segmento de calçados e acessórios. As lojas estão espalhadas por todo o país e até no Exterior. Ou seja, existe um mercado promissor!

Estilo de vida

Gabriela Soster, proprietária da confecção Bendita Traça, de Cachoeirinha, conta por que sua marca aposta no conceito vegano:

Eu acredito muito que a moda vai além da roupa, que a gente precisa enxergá-la como um posicionamento também! E a moda sustentável que eu defendo na Bendita é de baixo impacto, que valoriza o meio ambiente. Por isso, o veganismo está totalmente alinhado a esse propósito.

Custo-benefício x qualidade

A produção mais contida pela falta de procura encarece os produtos.

São peças que têm um custo produtivo maior, e isso reflete diretamente no preço final. Mas também são produtos que têm qualidade e atemporalidade como diferenciais, ou seja, são pensadas para não saírem de moda — justifica Orson.

Saiba mais

O veganismo, em toda a sua expressão, parte da filosofia da proteção aos animais, mas acaba trazendo ainda mais discussões. Por exemplo, querer saber qual é a origem dos produtos que você compra é o primeiro passo para consumir de modo mais consciente. No mundo da moda vegana, esse cuidado também leva em consideração outros pontos:

— Saber que tipo de mão de obra foi utilizada.

— Entender os impactos causados à natureza durante a fabricação das peças.

— Valorizar os recursos e os produtores locais.

Deixa eu te contar

É hora de voltar a falar sobre consumo consciente e o futuro da moda pós-pandemia. Como adiantamos por aqui em abril, os consumidores passaram a ter um novo comportamento diante do cenário atual. Comprar em brechós, em negócios locais ou trocar peças com as amigas está em alta e também é um forma sustentável de viver, considerando que estamos adquirindo algo que não é novo, mas que pode ser ressignificado. O importante é pensar na durabilidade das peças, o que evita o descarte imediato delas.

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