Seja bem-vindo à Conexão Sertaneja! A ideia aqui é compartilhar notícias sobre gravações de DVD, curiosidades dos artistas mais representativos do sertanejo e histórias por trás das principais composições do estilo.
Para a estreia da coluna, escolhi contar sobre os bastidores da composição de uma música eternizada na voz de Marília Mendonça (1995 – 2021), uma das maiores cantoras que o Brasil teve a oportunidade de conhecer.
Eterna
Em 2016, quando lançou seu primeiro álbum, conquistou três discos de platina, já foi indicada ao Grammy Latino e entrou para a lista dos 500 artistas mais ouvidos no mundo.
Mesmo após sua trágica morte em um acidente aéreo, em 5 novembro de 2021, aos 26 anos, as músicas da artista seguem entre as mais pedidas nas rádios e executadas nas plataformas digitais, principalmente Leão, um dos seus últimos lançamentos, parceria com Xamã, que se mantém firme como uma das mais ouvidas do Brasil. Em maio, Marília conquistou uma marca inédita na música brasileira: a cantora goiana se tornou a primeira artista nacional a alcançar a marca de 10 bilhões de reproduções no Spotify. Por mês, ela mantém uma média diária de 13 milhões de ouvintes na plataforma.
Faltaria espaço aqui para falar sobre tanto sucesso da rainha da sofrência. Por isso, escolhi contar a história da composição de Bem Pior que Eu, música com maior número de visualizações da cantora no YouTube (aproximadamente 600 milhões), que faz parte do seu principal projeto, Todos os Cantos, gravado durante shows da cantora em capitais do Brasil durante 2018 e 2019.
Gustavo Martins, um dos compositores da canção, revela como fez a letra:
– Essa música nasceu em um dia de muita cachaça (risos), bebendo um gin em casa. De repente, despertou a vontade de fazer uma música sofrida, escutando MPB, pop rock, outros estilos, como a banda gaúcha Papas da Língua. Eu Sei, dos Papas, tem uma melodia muito bonita e serviu de inspiração para Bem Pior que Eu.
Toque final
Quando Gustavo levou a ideia do refrão para Murilo Huff (ex-namorado de Marília e pai de seu filho, Leo, três anos), Ricardo Ronael e Rafa, também compositores da canção, foi pura empolgação. Juntos, foram incrementando a letra.
– Quando achávamos que a música estava finalizada, Murilo acrescentou a última frase: “Eu venho porque eu não tenho nada a perder, já você…”. Lembro da Marília comentando que essa frase foi decisiva para a gravação – finaliza Gustavo.
A Sofrência da Minha Vida
Marco Matos, apresentador do Jornal do Almoço, na RBS TV, é o primeiro a participar da seção A Sofrência da Minha Vida, que abrirá espaço para anônimos e famosos contarem histórias que envolvam música sertaneja.
– Bebi Liguei, da Marília Mendonça, foi, por três anos seguidos, a mais tocada nos meus aplicativos de música. E há vários motivos pra isso! Além de gostar muito da música, do ritmo e da melodia, a letra é uma sofrência daquelas inesquecíveis. Quem nunca passou por isso, em não ter coragem pra dizer que não? É bem aquilo que a Marília diz: “Amar por dois só dá prejuízo”. E não é mesmo?! Esse é um dos grandes ensinamentos dessa música. Amor bom e que vale a pena é aquele em que os dois estão na mesma sintonia – conta Marco.
Para participar da seção A Sofrência da Minha Vida, envie seu relato para o meu perfil no Instagram (@mariane.araujo) ou para o e-mail mariane.araujo@92radio.com.br.
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