Vamos falar sobre aceitação? O importante é entender que o corpo de todo mundo é perfeito para curtir o verão na beira da praia ou na piscina. Chega de sentir vergonha na hora de colocar o traje de banho! Infelizmente, existe falta de sensibilidade da sociedade, que, a todo custo, tenta impor um padrão estético a ser seguido: são capas de revistas, comerciais de TV e perfis em redes sociais que expõem corpos quase inatingíveis e irreais.

A psicóloga Juliana Pureza, professora do curso de Psicologia da Universidade Feevale, conta que a vergonha e a insatisfação com o corpo, bem como as alterações de autoimagem, tendem a ser mais frequentes entre mulheres.

– Alguns estudos sugerem que nove a cada 10 mulheres estão insatisfeitas com o corpo. Isso, com certeza, está relacionado aos padrões de beleza irreais impostos às mulheres, também associados à magreza – diz a especialista, que completa:

– As questões da imagem corporal e da vergonha têm sido relacionadas a autocriticismo, que é uma tendência a adotar posturas muito duras e severas consigo.

Então, é hora de parar, refletir e, se necessário, buscar ajuda para superar a insatisfação com o corpo e resgatar a autoestima. Para entender essa questão, além de ouvir especialistas, convidei leitoras do DG e ouvintes da 92 (92.1 FM), por meio das redes sociais, para nos contar como aprenderam a se amar e a celebrar sua própria beleza.

Quando afeta o dia a dia

Conversei com as leitoras do DG e ouvintes da 92, por meio do grupo 92 Mais Mulher, no Facebook, para entender como elas se sentem diante de um simples convite para ir à praia. Infelizmente, as respostas, em grande parte, não são positivas, o que comprova que  não se aceitar pode, sim, afetar nossas vidas. Confira.

“Depois que tive meus filhos, não me sinto nem um pouco à vontade. Não tiro a canga por nada”.

Joice Helena Becker Alves, 36 anos, assistente administrativa, de São Leopoldo

“O maior problema, às vezes, não somos nós, gordinhas. Mas, sim, a forma como outras pessoas nos olham e nos tratam”.

Daiane Lampe, 30 anos, recepcionista desempregada, de Alvorada

Passo a passo para a aceitação

Charlotte Beatriz Spode, também psicóloga e professora da Feevale, listou três passos para tentar fazer mulheres que se privam de ir à praia ou à piscina fazerem as pazes com o espelho e com seu corpo.

1) Entenda que o padrão construído socialmente (corpo sem celulites, estrias, exibido de forma comercial ou nas mídias sociais) não é a realidade.

2) Pense até que ponto você depende do julgamento do outro para ser validada como alguém que é bonita ou feia.

3) Aceite quem você é. Nem de longe é algo fácil de ser feito. Quanto maior a distância entre o que é e o que  acha que deveria ser, mais sofrimento existe. Então, reflita sobre essas questões. Eu quero mudar? Se quero mudar, tudo bem, vou fazer algo para isso. Mas, se estou me sentindo bem, por que preciso mudar? Atenção: a psicoterapia é uma ferramenta eficaz para ajudar nessas situações.

Autoestima é tudo! Nossas leitoras dão o recado

Firmes e fortes no rumo da aceitação, duas leitoras dão depoimentos inspiradores e comentam sobre amor-próprio.

“Eu sempre usei biquíni. Recentemente, emagreci bastante, e, agora, as pessoas me dizem: ‘Vai mostrar o corpinho hein, Thais?’. Com cento e tantos quilos ou 80 e tantos, eu estou me mostrando faz tempo! Como eu sempre digo: meu corpo de verão está pronto desde dezembro de 1995, quando saí da barriga da minha mãe”.

Thais Pinto, 24 anos, estudante de Jornalismo, de Porto Alegre

Foto: arquivo pessoal

“Sou superbem resolvida com o meu corpo! Sempre uso biquíni quando vou à praia ou à piscina. Tenho um filho de seis anos, mas sempre fui gordinha… Sofri muito na adolescência, pois não me aceitava. Hoje, com 31 anos, me amo do jeito que sou, com curvas, estrias e celulites”.

Débora Silva Chagas, 31 anos, promotora de vendas, de Gravataí

MARAVILHOSAS, NÉ?

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