Eu tenho um filho de cinco anos, já falei dele algumas vezes aqui na coluna. Pois bem, uma das minhas aflições na maternidade é justamente a quantidade de coisas que a gente descarta. Fraldas, mamadeiras, bicos, carrinho, cadeirinha e, claro, as roupas. Eles crescem, e a gente que lute para dar um destino mais sustentável a todos esses itens. E, justamente por isso, sempre fui a favor dos brechós e lojas que têm essa missão. Foi com esse propósito que a Rê se jogou no empreendedorismo. 

Com vocês, Renata Galarça Pinto, 36 anos, moradora de Porto Alegre.

Reaproveitamento de roupinhas. Foto: Arquivo Pessoal / Arquivo Pessoal

FOI ASSIM 

“Sou formada em Administração de Empresas e, até meus 30 anos, trabalhei em empresas privadas. Mas sempre pensei em ter um negócio próprio, só não sabia exatamente em que ramo. Trabalhei em escritórios administrativos e cinco anos na aviação. No início de 2019, comecei a trabalhar com a minha sogra no brechó adulto dela (Brechó da Lúcia) e me identifiquei bastante nesse ramo, que está crescendo a cada dia.”

O COMEÇO

“Em novembro do mesmo ano (2019), engravidei da minha primeira filha e, então, vi a oportunidade de abrir um brechó infantil, já que estaria envolvida nesse universo materno. Comecei a perceber que artigos e roupas infantis eram muito caros e que, logo, ficam sem uso, pois as crianças crescem muito rápido. Me encorajei e abri o brechó infantil e outlet (zero a 12 anos), com roupas e artigos novos e seminovos, selecionados através de uma curadoria com muito carinho, feita por uma mamãe.”

Lívia, a garota-propaganda. Foto: Arquivo Pessoal / Arquivo Pessoal

DEU TUDO CERTO

“O momento mais difícil foi quando estava com contrato de locação com a imobiliária, assinado em fevereiro de 2020, inauguração programada para 25 de março e veio a pandemia. Em 19 de março, foi decretado o fechamento de todo o comércio. Me vi completamente desesperada: por não saber o que estava por vir com a covid, por estar grávida nesse momento e por estar com o começo de um sonho (que era a loja) abalado, com valor investido em mobiliário e roupas para a abertura da loja. Mas, graças a Deus, deu tudo certo.”

MOTIVAÇÃO

“A minha maior motivação, com certeza, é minha filha. Por ela e pra ela, faço tudo. Minha motivação diária é também saber que comecei um negócio em meio a uma pandemia, sozinha, sem nunca ter empreendido. E hoje já vou completar três anos de portas abertas. Tenho uma modelo exclusiva e garota-propaganda, minha filha de dois anos. Ela é minha modelinho desde que nasceu. Até já é reconhecida na rua! Ela foi intitulada pelas clientes de ‘poderosa chefinha Lívia’.”

Em frente! Foto: Arquivo Pessoal / Arquivo Pessoal

DAQUI PRA FRENTE 

“Pretendo continuar nesse ramo que eu adoro e investir em um site, para que outras pessoas, de outras localidades, tenham acesso às minhas peças.”

Para saber mais sobre o trabalho da Renata, segue no Instagram @tutti_frutti_brecho

VAI TER FEIRA!

HOJE (31) – Tem a feira de oportunidades na zona sul de Porto Alegre. Além de uma variedade de produtos e serviços, vai ter música ao vivo, chopp artesanal, comidinhas, espaço kids e muito mais. Será na Avenida Wenceslau Escobar, 2.700, no bairro Tristeza, das 16h às 21h30min.

AMANHÃ E DOMINGO (1º e 2) – Na loja Mercado Paralelo, tem mais uma edição da Crafteria, uma feira criativa de empreendedoras e artistas e uma das mais importantes com relação ao fazer manual e autoral. Se programe para curtir produtos feitos a mão, marcas autorais, oficinas criativas e música ao vivo, das 14h às 19h, no DC Shopping (Rua Frederico Mentz, 1.561, bairro Navegantes).

RECADO DA CRIS

“Sustentabilidade não é uma questão de escolha e, sim, de necessidade.”