Recebi pelo meu Instagram o pedido de uma mãe para falar sobre terror noturno. Segundo a Marcia Milano, seu filho Pedro, quatro anos, começa a gritar durante a noite, transpirando e se debatendo. Ela o acorda, acalma e o leva para dormir o resto da noite na cama dela e do pai. Certamente muitos pais enfrentam essa situação, então, nada melhor do que saber por quê essa fase chega e como podemos agir nos casos de pesadelo e até terror noturno infantil.

Você sabe a diferença entre eles? Embora as manifestações sejam similares, são dois cenários bem distintos.

Pesadelos

De acordo com Leonardo Martins, doutor em Psicologia Social, o pesadelo acontece na fase REM do sono, que é aquela em que os olhos se movimentam rapidamente, ocorrendo em ciclos que se repetem em média de quatro a cinco vezes por noite. É nesta fase que sonhamos, o que dá abertura para termos pesadelos também.

As crianças, especialmente entre três e quatro anos, têm dificuldades de separar realidade e fantasia. Por isso, quando sonham com algo ruim, acordam e podem ficar confusas, com medo, na dúvida se aquele monstro é de verdade ou não, o que resulta em problemas para relaxar e voltar a dormir.

Em caso de pesadelo, o que os pais podem fazer?
/// Consolar e acalmar a criança.
/// Explicar que o que aconteceu estava só na cabeça dela e não é real.
/// Deixar com a criança algum objeto que ela goste (ursinho, cobertor etc.).
/// Conversar sobre o que pode estar preocupando-a.
/// Desenvolver um ritual para a hora do sono, para que o pequeno ou a pequena desenvolva hábitos e técnicas capazes de relaxar e fazer voltar a dormir mais facilmente.

Terror noturno infantil

Diferentemente do pesadelo, o terror noturno infantil acontece na fase Não-REM. Conforme as teorias científicas sugerem, se deve provavelmente à imaturidade do sistema nervoso central da criança. Embora os pais possam se assustar, é algo natural e normal que aconteça. Esse processo de maturação acontece aos poucos, de acordo com o crescimento, tornando os episódios cada vez mais raros, até se extinguirem de vez na adolescência.

Durante o terror noturno, que dura em média 15 minutos, a criança pode manifestar sinais de pânico intenso, conversar, gritar, chorar, se debater, ficar de olhos abertos ou se sentar na cama. E, mesmo que esteja muito agitada, normalmente ela continua dormindo, não nota a presença dos pais e depois nem se lembra do que aconteceu.

Pesquisas mostram que não há prejuízos na vida delas, ou seja, não é algo que vá atrapalhar o seu desenvolvimento. Os pais precisam ficar atentos se os episódios forem muito frequentes, como todas as noites. Mas, se acontecer uma ou duas vezes por semana, é mais provável que seja apenas uma fase.

Em caso de terror noturno, o que os pais podem fazer?
/// Acariciar, acalmando a criança através do toque.
/// Esperar o momento passar.
/// Não é necessário acordá-la

Fonte: http://leiturinha.com/

Você sabia?

Os pesadelos são mais comuns do que imaginamos: pesquisa realizada em 2006 e em 2014 pela Universidade de Montreal revelou que até 80% do conteúdo do sonho promove sensações ruins, conhecidas como pesadelos. Porém, nós adultos conseguimos distinguir com facilidade o que é realidade e ilusão, e acabamos não nos abalando ou despertando em função de tal sonho.

Pérola

–  Mariana, o que você quer ser quando crescer?
– Ahh, tia… Uma coisa que não dê trabalho.
Mariana, quatro anos

 

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