Hoje, mostro uma história de persistência. Sabe quando tudo está se encaixando para chegar a tua hora de brilhar e, aí, o mundo desaba? Então, só resta uma alternativa: seguir em frente. Com a ajuda de amigos, pessoas especiais ou anjos – chamem como quiser –, foi assim que a Andréa conseguiu realizar o sonho de ter seu próprio ateliê de artesanato e criar a Fio Farroupilha, empresa que fabrica artesanalmente peças feitas de lã de ovelha.
FOI ASSIM
“Eu sou Andréa Madruga Garcia. Cuidava dos meus amores, fazia artesanato em crochê e pintura em telas e panos de prato, ajudava minha mãe e meu esposo na pecuária em Piratini. A vontade de ter um espaço para me dedicar ao artesanato surgiu da paixão em trabalhar com a lã de ovelha, tecendo-a, e também ofertar um produto viável, disponível em abundância na propriedade e que me proporcionasse grande satisfação na medida em que pudesse imprimir nas peças o meu gosto por arte e por história.”
A MUDANÇA
“Comecei a montar o ateliê e a me preparar para lançar as primeiras peças e coleções. Tive sempre o apoio da minha família e da Emater, afinal, deixar minha casa e mudar tudo para o ateliê… Por vezes, doeu. Mas nada se compara ao que aconteceu dias antes de lançar minha coleção no desfile da Expointer, que eu sonhava participar com minhas peças.”
O MUNDO DESABOU
“Cerca de 80 dias antes do desfile, minha filha, 17 anos, recebeu diagnóstico de câncer de ovário. Deixei tudo de lado e me dediquei exclusivamente a ela. Recebi uma mensagem do André Guerra, organizador do desfile, para acertarmos os detalhes. Contei que não participaria do sonho de desfilar minhas roupas.”
HORA DE BRILHAR
“Ele, extremamente amável, assim como a presidente Cleusa Piegas, me disseram: ‘Minha querida, estarás lá! Cuida da tua filha e deixa o resto comigo, deixa tudo comigo! E assim foi.”
DAQUI PRA FRENTE
“A história do Rio Grande do Sul, o pampa gaúcho, nossa cultura e as ovelhas me inspiram. E eu, daqui para frente, quero inspirar outras mulheres através da lã, seja para empreender, seja para consumir conscientemente, levando nossa cultura aos quatro cantos do mundo. Pretendo seguir tecendo tudo que construí e, em breve, ofertar cursos de feltragem em lãs. Quero ser feliz, bem feliz! Não é possível crescer sem estarmos bem conosco e com nossos amores. Que possamos tecer a vida de forma leve.”
Vamos ler?
No mês das crianças, minha dica é o livro infantil “Florisbela, a super-heróina da natureza”, da pedagoga Natália Mansan. A experiência profissional com as crianças pequenas nos últimos 17 anos e a maternidade foram a inspiração para ela se aventurar como escritora de histórias infantis. Quem quiser pode adquirir a obra pelo site da editora Giostri ou com autora no instagram @nataliamansan.
Recado da Cris
“Aos poucos a vida vai se encaixando, e o que era nó vai virando laço.”
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