Hoje quero falar especialmente para as solteiras de plantão em plena pandemia. Estar sozinha pode ser uma escolha pessoal, falta de opção, talvez comodismo… Para quem busca um amor sincero, distração ou simplesmente pelo fato de gostar de se relacionar, a saída para não se sentir sozinha durante o período de confinamento pode estar nos aplicativos de relacionamento.
Uma forma segura para entrar, antes de se jogar de cabeça na onda, é descobrir qual é a sua intenção. A Nereida Prudêncio, psicóloga e docente da Faculdade Senac Porto Alegre, acredita que, antes de qualquer decisão, é preciso entender de que forma o uso do aplicativo vai alcançar o desejo de cada indivíduo que pretende ingressar na plataforma.
Questione
Ela indica algumas perguntas que você pode responder antes da decisão.
— Qual é a intenção do contato? É se aproximar? Só curiosidade? Quer elogios? É para desabafar? Difamar a imagem de alguém? A intenção faz toda a diferença para uma conexão saudável — explica a especialista, que ainda enfatiza a diferença entre os dois mundos, off-line e online:
— Pessoalmente podemos tocar, olhar nos olhos, segurar na mão, sentir o cheiro. Online, conseguimos escutar a voz, ver a imagem, entender o que a pessoa está pensando por meio de mensagens. É possível ter sentimentos, criar contatos verdadeiros e suprir carência emocional e afetiva, se a intenção for boa.
Escolha o ideal para o seu estilo
Gostou da ideia, mas não sabe por onde começar? A Bárbara Saccomori, integrante do podcast Vida de Solteiro e apresentadora do ATL Hot, programa sobre sexo e relacionamento transmitido todas as quintas-feiras, às 22h, na Rede Atlântida (94.3 FM), destaca os três aplicativos mais usados no momento.
Tinder — Foi o primeiro aplicativo a expandir rapidamente no Brasil. Funciona assim: o usuário estipula um perímetro (por exemplo, de 0 a 100 km no seu entorno) e vai recebendo os perfis das pessoas que estão nesta área (masculino, feminino ou ambos, conforme a sua preferência). A ideia é olhar as fotos e passar pra DIREITA se CURTIU a pessoa ou para a ESQUERDA se RECUSOU. Se a pessoa que tu curtiu também te curtir, vocês podem conversar.
Happn — a lógica é parecida com a do Tinder, mas, ao invés de selecionar o raio que quer abranger, quem aparece pra o usuário são pessoas que passaram ou estão por perto. Passei por alguém na rua e essa pessoa tem Happn? O perfil dela aparece para mim. Também existe a possibilidade de curtir o perfil da pessoa e de recusar, caso não tenha interesse.
Instagram — apesar de não ser uma rede social feita exclusivamente pra pessoas que buscam beijar na boca, ela acabou se tornando uma boa plataforma para juntar casais.
Os aplicativos citados acima possuem a função de adicionar o outro no Instagram, o que facilita a interação com as pessoas por quem tu te interessa. Responder um storie de vídeo ou curtir uma sequência de fotos de alguém, às vezes, vale pena.
DEIXA EU TE CONTAR
Como nunca usei aplicativos em busca de um relacionamento, perguntei para as leitoras e ouvintes da Rádio 92 sobre suas experiências. Algumas preferiram não se identificar. Vamos às respostas!
“Uso Badoo e Dating (outros aplicativos na mesma linha dos citados ao lado) há dois anos, desde que me separei. Sair de uma relação de quase 11 anos e descobrir que, apesar da idade, ainda posso atrair olhares de outros homens, redescobrir como se flerta, é bem estranho. Saí com alguns caras, inclusive me tornei amiga de alguns”.
Carolina Guedes: “Uso há dois anos Tinder e Happn. Já conheci pessoas bem legais!”
Dany Kirsch: “Usei o Tinder, onde conheci algumas pessoas que hoje são da rede de amigos, e meu atual namorado. Estamos juntos há cinco anos!”
Cristiane Coelho: “Usava o Badoo. Conheci meu marido, estamos juntos há dois anos e, hoje, temos nossa família.”
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