Quase todo mundo já escutou ou falou a clássica frase: “Nossa, parece que ele regrediu”!!
E isso acontece mesmo, porque acredito que nem sempre o desenvolvimento da criança avança em linha reta, quando a gente menos espera, sem aviso prévio, retrocede.

Essa semana, Teteu que tem dois anos e já comia com talheres, resolveu voltar ao tempo das cavernas. Dei a janta no prato e fiquei esperando ele pegar o garfo, só que não.

Com um sorrisinho sacana meteu toda a mão na comida, fez uma conchinha para caber tudo e enfiou de uma vez só tudo na boca. Virou uma criança das cavernas, ali na minha frente. E quanto mais eu perguntava o que estava acontecendo mais ele esfregava o arroz e o feijão no fundo do prato e como uma “escavadeira” a mãozinha linda e gorda levava a comida até a boca. Respirei fundo e pensei, “tudo certo, pelo menos está comendo”.

Mas resolvi ir atrás, entender porque ele desaprendeu a comer. Segundo a Cristiane Ferreira, especialista em nutrição materno infantil, eu posso ficar tranquila porque é da fase.

O fato de o Matheus pegar com a mão tem muito a ver com a situação que estamos passando de falta de apetite dele e, inclusive, foi tema da última coluna. “Ele pega para sentir textura diferente para sentir o cheiro”.

É importante não brigar e sim estimular e desafiar ele a comer com os talheres, conversar. Isso acontece muito pela questão da autonomia deles, como tem a fase das birras, esse comportamento de comer com as mãos segue a mesma linha. É preciso ter calma e paciência.

Outros motivos:

Existe a regressão simplesmente pela fase ou pode ocorrer por outras razões. Segundo Raquel Farias, psicóloga infantil, de repente, um dia, a criança, que já controlava o xixi e o cocô, volta a precisar de fraldas, já havia largado a chupeta, mas pede de volta, ou começa a falar como bebê novamente.

Os pais às vezes ficam sem saber o que fazer e acabam xingando os filhos. Não é a maneira correta de agir. A criança só está pedindo, com essa atitude, mais atenção por parte dos seus pais.

Claro que cada caso precisa ser avaliado individualmente, mas a regressão pode ter alguns motivos como, por exemplo, a chegada de um irmãozinho, a morte de um familiar, problemas na relação entre os pais e também a adaptação escolar.

 

Pérola

– Manu, porque as mulheres são tão dramáticas?
– Porque sentimos muito.
(Cauã, 4 anos e Manu, 6).

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