Enfim chegou o momento da escolinha do Matheus, meu filho de um ano e meio. Até poucos dias, ele ficava só com a babá, uma pessoa incrível, carinhosa e que começou a trabalhar lá em casa nos primeiros meses de vida do Teteu. A babá segue com ele pela manhã mas, à tarde, ele vai brincar, conviver com crianças da idade dele e começar o processo de independização – que eu acho super importante.
Eu e meu marido procuramos muitas escolas até achar aquela que “bateu o olho”, que tem a proposta pedagógica de acordo com o que pensamos e com os valores de vida que queremos para o nosso filho. E, aqui, uma dica aos pais: escola boa não é a mais cara nem a mais barata, e, sim, aquela que fecha com o que pai e mãe pensam e, claro, cabe dentro do orçamento familiar.
Na primeira semana, ficamos todos os dias e, na metade da segunda, ele já ficou sozinho, praticamente sem choro. Por incrível que pareça, ele chorou quando viu o pai, na hora de ir embora, no fim do dia. Acredito que foi um processo bem típico, sem muito estresse, e que tivemos sucesso porque estávamos calmos. Mas, principalmente, porque a tia Ana Paula, a professora do Teteu, é de uma sensibilidade e um carinho que emociona. Cuidadosa, atenciosa e afim de que esse processo seja vitorioso e foi.
Mas, a gente sabe que nem sempre é assim. Às vezes as crianças não se adaptam e tá tudo certo, é do jogo e eu acredito que não devemos forçar. Eu não faria isso com meu filho.
Fala, especialista!
Ver essa foto no Instagram
Eu conversei com a psicóloga Lisiana Saltiel, que me apontou vários pontos importantes.
– A gente entende que esse “adaptar” é a inserção de uma criança em um novo ambiente com o qual ela não está acostumada. Ela precisa se sentir acolhida, segura e desenvolver novos vínculos afetivos, e isso só vai acontecer se essa pessoa (professora) conseguir interpretar bem as emoções, a linguagem corporal do bebê. O tempo que leva é muito relativo, tem que ter muita paciência, é importante que a pessoa que vai fazer a adaptação seja sempre a mesma. O processo deve começar com poucas horas nos primeiros dias, e o tempo da criança no local vai aumentando gradativamente. Em segundas-feiras e feriados, é normal que haja um retrocesso porque ela ficou mais tempo em casa. E olha que interessante, quanto mais a criança se sente confiante com seus pais, mais tranquilo tende a ser essa adaptação. E, para finalizar, lembrar que esse é um processo que envolve três partes: escola, pais e criança.
COMENTÁRIOS
Ao enviar seu comentário você automaticamente concede AUTORIZAÇÃO para utilizar, reproduzir e publicar sua imagem e comentário, incluindo o conteúdo das suas declarações e opiniões, através de qualquer meio ou formato, em veículos de comunicação integrantes do GRUPO RBS.