FORÇA DE MÃE
Domingo vamos celebrar uma das datas mais lindas, Dia das Mães, e para mim ela sempre teve um significado muito grande porque vim de uma família de mulheres muito fortes.
Minha bisavó, que já faleceu há bastante tempo, deixou como herança a determinação.
E que temos espaço nesse mundo para ser quem a gente quiser. Ela, minhas avós, tias, primas, minha mãe, são todas mulheres que têm na sua essência a força para seguir os dias difíceis e conquistar seus sonhos.
Mas nesse dia das mães eu quero falar de um outro tipo de força, aquela que a gente descobre sem nem imaginar que ela existia. A força da fé e da esperança.
E essa eu tenho uma lista de mulheres que me inspiram e me emocionam. São todas anônimas mas dão show quando o assunto é segurar a barra e ter fé que os dias vão melhorar.
A Taiane Bonorino é uma delas, eu conheci através do Instituto do Câncer Infantil, onde sou voluntária e embaixadora. A Tai viveu dias muito difíceis ao lado do marido, o Marcelo, e do filho Renato, de apenas um ano e meio.
Foram meses dentro de um hospital lutando contra um câncer no Tato, apelido do Renato. Para aliviar um pouco o sofrimento ela resolveu registrar tudo num diário.
Infelizmente, o Renato não resistiu, o diário virou livro e toda renda do Três Céus, foi revertida para o Instituto do Câncer Infantil. Li o livro, aos prantos.
Que mulher gigante! Que força, meu Deus do céu! Como que uma mãe vive tudo isso? Como ela acha motivo para acordar pela manhã? Como se ameniza a dor? Como a gente se despede de um filho? Eu perguntei tudo isso pra ela quando tive o prazer de conhecer a família toda.
A resposta foi, “a gente precisa seguir…e pra sempre ele vai estar em nossos corações”. Mais choro, meu coração ficou despedaçado, não menos que o dela. Hoje a Tai tem o Vicente, de 1 ano e na barriga o Gustavo.
A vida seguiu, mas sempre vai existir a saudade e as lembranças do Tato. E tenho certeza que existe uma mãe mais forte, infelizmente ninguém passar por tudo isso sem um belo aprendizado e com o coração mais resistente. Sou fã incondicional dessa mulher.
Além da Tai, entrou para a minha lista de “mães incríveis”, a Ana, mãe da Jady que recém completou um aninho. Conheci a história de luta da pequena Jady e quis conhecer a família.
Meu presente de aniversário foram doações para essa guerreira que nasceu com 1 quilo e 300 gramas, já passou por oito cirurgias e segue o tratamento aqui em Porto Alegre.
Já são 365 dias longe de General Câmara, longe da família, dos amigos e de tudo que só o gostinho de casa tem.
A Ana viu a Jady entubada por seis mês, viu ela fazer transfusão de sangue durante doze dias, a cada oito horas, viu ela passar por uma traqueostomia, viu ela colocar sonda gástrica, aprendeu a mexer no aspirador traqueal, gravou todos os horários, as dosagens e os medicamentos.
Por Deus, que angustia só de escrever esse texto. Que família forte. Que mulher é essa?!
A verdade é que apenas quem passa por esses momentos, longe de casa, cheia de dúvida sobre o tratamento e se vai dar certo, quem ouve o choro do filho é que tem consciência do tamanho da dor.
E nada que eu diga ou escreva vai me fazer chegar perto dessa experiência.
Hoje, véspera do Dia das Mães eu quero homenagear essas SUPER MÃES, que enfrentam dias insuportáveis, que choram sozinhas no chuveiro, que rezam em silêncio mil vezes por dia, que esperam uma notícia boa dos médicos, que quebram um silêncio de hospital o soluço do choro.
Que Deus abastece o coração de vocês com muito amor, paz e força para enfrentar os dias.
Parabéns pelo dia das mães. Parabéns, super-mães!
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