A coluna de hoje é feita por mulheres que, assim como eu, experimentaram uma das coisas mais incríveis do mundo: gerar uma vida. Convidei cinco mães para um depoimento sobre como se sentem e como a maternidade causou mudanças.

Um abraço fraterno a todas as mamães, e que tenhamos sempre muita habilidade para lidar com nossos tesouros. Lembrando que eles serão o resultado das nossas escolhas e atitudes. Sejamos firmes e cheias de amor!

“Falar duas palavras pode ser a maior conquista do mundo”
Isabel Ferrari

Mãe do João Pedro Ferrari Santos, nove anos, jornalista da RBS TV e uma lutadora de todas as causas de inclusão

Foto: Arquivo Pessoal

“A maternidade é transformadora para qualquer pessoa, não tem quem passe pela maternidade sem mudar totalmente. Se eu pudesse falar sobre ser mãe do Pedro, que é uma criança autista, eu diria que exige um pouco mais de atenção e um pouco mais de desafios. Ser mãe do Pedro é saber o poder das coisas simples da vida… Porque, quando uma criança que não fala aos nove anos de idade diz ‘mãe’, é uma grande alegria. Então, ser mãe do Pedro é descobrir que falar duas palavras pode ser a maior conquista do mundo.”

“Ser avó é ser mãe pela segunda vez”
Eliana Maura

Aposentada, mãe da Josiane e do Fabio Almendros e avó do Lorenzo, sete anos, e do Renato (na barriga da mãe)

Foto: Arquivo Pessoal

“Ser mãe é mudar a vida, é dar todo amor para os filhos e ensiná-los a viver. É ter uma razão de ser para sempre. É ter sentimentos contraditórios, sempre pensar por todos, é amar muito e não importa se é um filho biológico ou de coração. Ser mãe é me ver em meus netos e saber que esse amor continua grandiosamente.”

“Um lar feminino e feminista”
Joana Bendjouya

Jornalista, 36 anos, mãe da Nina, 10 anos, da Liz, oito anos, e da Bia, quatro anos

Foto: Arquivo Pessoal

“Desde a chegada da Nina, não sou a mesma pessoa, não tenho a mesma visão de mundo. Acredito que a gente aprende muito mais com elas do que ensina, pois, a cada questionamento, a cada fase, vai descobrindo isso. A cada nascimento, nascia uma nova mãe, uma nova organização familiar. Eu e o pai das gurias, o Vinícius, gostamos muito de viajar e queremos seguir viajando com as meninas. A gente acha que é muito importante quando nós, os cinco, saímos de férias, porque nossa relação se fortalece. A gente acredita que a educação tem que ser vivida, vivendo e respeitando a natureza. Só assim, a gente vai conseguir fortalecê-las para esse mundo cruel, muito mais para as meninas. Me encho de orgulho de ter três filhas, um lar tão feminino e feminista, com um pai super presente, que está sempre do nosso lado e ao lado de nossas causas.”

“É um momento mágico”
Letícia Pereira Mesquita
Consultora comercial, mãe da Sofia, 34 semanas de gestação

Foto: Arquivo Pessoal

“Esse Dia das Mães vai ser um momento muito especial para mim, porque eu sempre tive o sonho de ser mãe. Já tinha me casado uma vez, mas nunca me senti firme para ter um filho com alguém. Queria muito a chegada desse momento. Casei com o Bruno há um ano e meio, e em seguida, recebemos a notícia de que eu estava grávida. Esse momento de pandemia fez com que a gente se concentrasse mais na gestação. Ela já faz parte das nossas vidas, ela já se mexe, soluça, chuta, mostrando que está viva e, em breve, vai chegar. É um momento muito especial e de muita ansiedade, também, mas estamos muito felizes e otimistas com a vinda dela. O nome, eu escolhi porque acredito muito na sabedoria da mulher. E Sofia significa sabedoria. Quero que minha filha seja uma mulher sábia. Enfim, não é apenas uma gravidez, é um momento mágico.”

“Minha Helena está em algum lugar no céu, nos observando”
Tatiana Oliveira Maffini

Fundadora da ong Amada Helena (focada na humanização da luta parental no país e no apoio a pais enlutados), mãe da Helena, que teria oito anos, do Helano, seis anos, e do Héctor, dois meses

Foto: Arquivo Pessoal

Peróla

– Titia, vai ter apresentação para as mães na minha escola. Mas é surpresa.
– Mesmo? Então, você não pode contar pra mamãe.
– Eu já contei. Mas ela prometeu não contar pra ninguém.
Elisa, cinco anos

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