Enfim chegou o momento da escolinha do Matheus, meu filho de um ano e meio. Até poucos dias, ele ficava só com a babá, uma pessoa incrível, carinhosa e que começou a trabalhar lá em casa nos primeiros meses de vida do Teteu. A babá segue com ele pela manhã mas, à tarde, ele vai brincar, conviver com crianças da idade dele e começar o processo de independização – que eu acho super importante.

Eu e meu marido procuramos muitas escolas até achar aquela que “bateu o olho”, que tem a proposta pedagógica de acordo com o que pensamos e com os valores de vida que queremos para o nosso filho. E, aqui, uma dica aos pais: escola boa não é a mais cara nem a mais barata, e, sim, aquela que fecha com o que pai e mãe pensam e, claro, cabe dentro do orçamento familiar.

 Começamos o processo de adaptação há duas semanas e, como esperado, exigiu bastante paciência e persistência. Choradeira ao entrar, choradeira quando não nos enxergava. E lá íamos nós acalmar. Nos primeiros dias, ele ficou de uma a duas horas, e o tempo foi aumentando durante a semana.

Na primeira semana, ficamos todos os dias e, na metade da segunda, ele já ficou sozinho, praticamente sem choro. Por incrível que pareça, ele chorou quando viu o pai, na hora de ir embora, no fim do dia. Acredito que foi um processo bem típico, sem muito estresse, e que tivemos sucesso porque estávamos calmos. Mas, principalmente, porque a tia Ana Paula, a professora do Teteu, é de uma sensibilidade e um carinho que emociona. Cuidadosa, atenciosa e afim de que esse processo seja vitorioso e foi.

Mas, a gente sabe que nem sempre é assim. Às vezes as crianças não se adaptam e tá tudo certo, é do jogo e eu acredito que não devemos forçar. Eu não faria isso com meu filho.

Fala, especialista!

 

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Uma publicação compartilhada por Psicóloga Lisiana Saltiel (@lisianasaltielpsicologa) em

Eu conversei com a psicóloga Lisiana Saltiel, que me apontou vários pontos importantes.

– A gente entende que esse “adaptar” é a inserção de uma criança em um novo ambiente com o qual ela não está acostumada. Ela precisa se sentir acolhida, segura e desenvolver novos vínculos afetivos, e isso só vai acontecer se essa pessoa (professora) conseguir interpretar bem as emoções, a linguagem corporal do bebê. O tempo que leva é muito relativo, tem que ter muita paciência, é importante que a pessoa que vai fazer a adaptação seja sempre a mesma. O processo deve começar com poucas horas nos primeiros dias, e o tempo da criança no local vai aumentando gradativamente. Em segundas-feiras e feriados, é normal que haja um retrocesso porque ela ficou mais tempo em casa. E olha que interessante, quanto mais a criança se sente confiante com seus pais, mais tranquilo tende a ser essa adaptação. E, para finalizar, lembrar que esse é um processo que envolve três partes: escola, pais e criança.

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