O KIT COMPLETO

Com certeza vocês já ouviram a expressão “ele veio com o kit completo”. As pessoas costumam dizer isso quando o parceiro que a gente começa a namorar já tem filhos de uma relação anterior.

Foi o meu caso, há dez anos, quando conheci o Paulo, ele já tinha dois filhos, o Arthur e o João Pedro, na época tinham 2 e 6 anos. O Paulo esperou nossa relação firmar para só depois me apresentar seus filhos.

Esse cuidado para ver se a relação iria prosperar foi certíssima e, acredito que tenha sido fundamental para que as crianças me aprovassem.

 

View this post on Instagram

 

????“Os filhos dele”. Nem todo mundo sabe mas quando eu conheci o Paulo ele já era pai do João e do Tuti. Na época eles tinham 7 e 2 anos respectivamente. Conhecê-los foi um dos grandes momentos do nosso relacionamento porque sei o quanto essa dupla é importante pro Paulo, então, tudo teve seu tempo, o deles, óbvio. Pra quem é solteira e sem filhos, muitas vezes essa relação não é tão fácil porque requer doação, entendimento e paciência para compreender o ritmo de cada um. A maioria das vezes se abre mão de uma paixão pelos rotulados “kits” que homens e mulheres trazem quando os relacionamentos não dão certo. Maaaaas, quando a gente encontra a pessoa certa e ela vem com mais duas pessoas incríveis é um bônus que não se pode abrir mão. Jamais! O Matheus vai ter dois manos maravilhosos que eu considero e amo como se fossem meus filhos. É o tipo de amor que não exige nada em troca, simplesmente amo porque me sinto amada. Sempre soube que eles têm uma mãe espetacular que foi e é fundamental na formação deles. Se precisarem conversar (como acontece muitas vezes) se quiserem rir, chorar, contar segredos eu tô aqui mas é importante respeitar os espaços, o do pai e da mãe (#ficaadica). Mas sim, eles têm amor por todos os lados. ❤️ Essa semana vai chegar o “novo elemento” do quarteto fantástico: o Matheus. Nesses longos 9 meses já dei uma boa conversada com ele sobre os manos. Ele já sabe que o João, ou Jones, ama pão de mel, odeia ovo, se amarra em cinema e não curte acordar muito cedo. E que provavelmente vai ser um grande conselheiro do Teteu. O lance do Tuti é futebol, Grêmio, bala de caramelo, polenta frita, PlayStation, ovo quase cozido e YouTube e certamente com ele o Matheus vai ter muito futebol na quadra. Eu, espero do fundo do meu coração que vocês sejam muito amigos e sigam seus caminhos cheio de parceria e principalmente amor. Matheus, teus manos são incríveis e já estão aqui ansiosos pra te conhecer. Além do pai, tu vai ter mais dois homens incríveis pra te inspirar. Ôh cara de sorte! ❤️

A post shared by Cris Silva (@realcris.silva) on

Nossa relação prosperou tanto que tivemos o Matheus. Mas, o assunto hoje, é sobre ser madrasta, termo que eu substituí por “boadrasta” porque o sinônimo de madrasta, no dicionário, é mulher má, incapaz de sentimentos afetuosos e amigáveis, e eu me nego a dizer que sou essa bruxa.

Namorar alguém que tem filhos de uma outra história é bem normal e não deveria ser complicado mas, muitas vezes, as pessoas se atrapalham nos espaços que ocupam e acabam gerando sentimentos bem ruins pelas crianças e aí a coisa desanda mesmo.

Confesso para vocês que nunca tive problemas com os meninos, os filhos do Paulo sempre foram incríveis e me aceitaram desde o primeiro dia, foi aprovação à primeira vista, graças a Deus.

Mas acredito que fiz por merecer. Algumas regras sempre foram bem claras para mim e aproveito para dividi-las com você leitor (a) que está nessa situação.

Primeiro de tudo, quando você chegou os filhos já estavam aí, então, chegue para acrescentar e não para dividir. Segundo, não tente ser quem você não é, saiba o seu lugar.

O grande erro é querer substituir a figura da mãe ou do pai. Outra coisa, não destrua nem diminua a história que seu parceiro teve com a outra pessoa, construa a sua e não perca um segundo com o passado dele.

 

View this post on Instagram

 

A post shared by Cris Silva (@realcris.silva) on

ESSA É BEM IMPORTANTE:  jamais fale mal do ex – parceiro, principalmente na frente das crianças. Pense, você acha legal falar mal do seu pai ou da sua mãe? Não né.

Nunca, em hipótese alguma, discuta com as crianças. Faça ouvido de mercador, releve, conte até mil mas não entre no jogo, lembre-se quem é o adulto da história. Converse sobre o episódio com o seu parceiro, peça ajuda e resolvam juntos o que fazer.

Última e mais importante, ame como se fossem seus filhos mas não espere esse sentimento de volta. Talvez até volte mas demore um bom tempo para chegar, se chegar.

Bom, por fim, gostaria de dizer que somos felizes e que também temos nossos dias de conflitos e perrengues como qualquer família. Mas descobrimos que juntos tudo fica mais fácil, tudo fica mais forte.

Clique aqui para curtir a nossa página no Facebook!