Certamente, todo mundo, homem ou mulher, já pensou, pelo menos uma vez, em ter ou não um filho. Não estou falando em decidir, apenas considerar a possibilidade.
É aquele pensamento que um dia chega e vai embora, enxotado por uma resposta certeira, ou fica por ali, rondando, em forma de ponto de interrogação. No meu caso, foi assim.
Eu sempre pensei primeiro no trabalho, na minha independência financeira, em viabilizar tudo para estar preparada “quando chegar a hora”. Só que, na minha opinião, essa hora nunca chega. A gente é que chega nela. Este é o assunto da coluna desta semana.

 

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Praticamente todas as minhas amigas estavam grávidas ou parindo e eu ainda inventando novos projetos no trabalho. Nunca me senti pronta. Só que a idade foi avançando e o ponto de interrogação que estava ali, quietinho, começou a saltitar e dançar uma valsa na minha cabeça. E aí, terei filho ounão?

Esta é uma das poucas coisas na vida que não dá para decidir sozinha. Eu preciso do meu companheiro, saber o que ele acha. Eu e o Paulo estávamos juntos havia sete anos quando tivemos essa conversa. Eu com 37 anos e ele com 48. Pensei muito antes de me decidir e passar para o papo com o maridão.

 

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Pensei se ele seria o pai ideal e essa foi fácil de responder. O Paulo é um paizão. Pensei se eu teria tempo para encaixar um baby na minha vida com toda correria, e a resposta foi sim. Pensei se eu seria uma boa mãe, se o mundo seria melhor com ele, pensei em mim numa versão grávida, enjoada, tendo desejo, retenção de líquido… e parei de pensar (risos). Já estava mais do que decidido: eu queria muito ter um bebê.

No meu aniversário, dia 4 de maio de 2017, ao apagar a velinha do bolo, fechei os olhos e fiz o pedido, em silêncio: “Deus, se for da tua vontade, me conceda, por favor, a experiência de ser mãe. Estou pronta e meu coração aberto e preparado para receber esse presente.” Em junho, um mês depois, eu já estava com o meu filho na barriga. E, por isso, o nome Matheus, que significa presente de Deus.

No meu caso, o Teteu veio para me ensinar muita coisa. Todo dia eu aprendo com ele. Um filho promove a nossa mudança sem que a gente perceba. Acredito que estou muito melhor do que antes. Pelo menos, eu me sinto assim. Mais completa, mas com menos memória (risos).

 

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Se você é da turma do “não sei”, é importante avaliar algumas situações. A psicóloga e terapeuta de família Juliana Potter tem algumas dicas.

– Essa é uma decisão complexa que envolve uma série de fatores. É importante avaliar as condições práticas com muita clareza. Por exemplo: quem vai ajudar a cuidar da criança, qual será o impacto financeiro, as mudanças na rotina, no trabalho etc. No âmbito afetivo, é preciso existir um desejo genuíno de ser pai ou mãe e os envolvidos precisam estar dispostos a investir na criança de todas as maneiras – diz a profissional, que completa:

– Hoje em dia, as pessoas encontram muitas formas de realização. Ter filhos é uma questão séria, que envolve muitas mudanças a longo prazo.